Borja Bandera, médico: "A exposição ao sol continuará diminuindo, e nossos níveis médios de vitamina D continuarão diminuindo."
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Vitamina D, sim ou não? Parece que ouvimos centenas de opiniões sobre este suplemento, mas não sabemos exatamente qual é a sua função. Segundo o médico e palestrante Borja Bandera, as recomendações "atuais" desaconselham a dosagem e a suplementação deste hormônio para a maioria da população , o que ele considera um erro. "Querem que ignoremos a vitamina D, mas as causas da deficiência de vitamina D são sociais, biológicas e culturais. Ignorá-las seria ignorar", explica ele em um de seus vídeos.
Bandera ressalta que um terço da população mundial apresenta níveis abaixo do ideal de vitamina D , um hormônio que o corpo sintetiza por meio da exposição solar. "Nossos corpos evoluíram para depender do sol diariamente. A biologia pressupõe que estaríamos constantemente recebendo radiação ultravioleta", afirma. No entanto, o aumento do trabalho em ambientes fechados, o uso de telas e as mudanças nos hábitos de vida reduziram drasticamente essa exposição.
A vitamina D não está envolvida apenas na absorção de cálcio e na saúde óssea, mas também regula mais de 2.000 genes , influencia a função imunológica e está associada à prevenção de doenças crônicas como diabetes tipo 2, câncer e doenças autoimunes. Apesar disso, a ciência ainda não conseguiu demonstrar uma relação causal direta entre baixos níveis de vitamina D e o desenvolvimento dessas condições.
As novas recomendações: menos testes e menos suplementosO painel internacional que desenvolveu as novas diretrizes sustenta que não há evidências suficientes de que a suplementação de vitamina D em adultos saudáveis reduza o risco de doenças. Portanto, recomendam evitar testes de rotina e limitar a suplementação a certos grupos: crianças e adolescentes, gestantes, maiores de 75 anos e pessoas com pré-diabetes.
Segundo esses especialistas, o restante da população deve manter a dose diária recomendada de 600 unidades internacionais (UI), evitando tratamentos prolongados ou altas doses sem supervisão médica. Uma decisão que, para Bandera, "pode ser contraproducente".
O médico espanhol discorda abertamente dessa abordagem. "Não medir não é a solução", afirma, convencido de que não monitorar os níveis populacionais impedirá a detecção de deficiências que poderiam ser facilmente corrigidas. Em sua opinião, o único benefício claro dessa estratégia seria "econômico", pois reduziria o número de exames e suplementos consumidos.
Além disso, Bandera questiona a metodologia dos estudos analisados: muitos incluem pacientes com níveis já normais de vitamina D, o que distorce os resultados. "Se você estuda pessoas sem deficiência, é lógico que não verá nenhum benefício da suplementação", explica.
Outro ponto importante que o especialista enfatiza é que o metabolismo da vitamina D depende de outros micronutrientes, como magnésio ou vitamina K2, que raramente são medidos. "Uma pessoa com baixa ingestão de magnésio pode não se beneficiar da suplementação, enquanto outra pode", ressalta.
Ele também ressalta que nem todos os estudos levam em consideração a exposição solar, que continua sendo a principal fonte natural de vitamina D. "Não podemos comparar alguém que mora na Noruega com alguém que passa a vida no Congo", exemplifica.
Vitamina D, sim ou não? Parece que ouvimos centenas de opiniões sobre este suplemento, mas não sabemos exatamente qual é a sua função. Segundo o médico e palestrante Borja Bandera, as recomendações "atuais" desaconselham a dosagem e a suplementação deste hormônio para a maioria da população , o que ele considera um erro. "Querem que ignoremos a vitamina D, mas as causas da deficiência de vitamina D são sociais, biológicas e culturais. Ignorá-las seria ignorar", explica ele em um de seus vídeos.
El Confidencial



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